terça-feira, junho 09, 2009

MARIA BRITES NUNES - II


In Região Sul



Lagos: Maria Brites Nunes é a candidata CDU à Autarquia
Data: 09062009 às 15:00:00

Para concorrer à presidência da Câmara Municipal de Lagos a CDU aposta em Maria Brites Nunes, membro da coligação na Assembleia Municipal. Em entrevista online ao Região Sul, entre outros assuntos a candidata é convidada a falar nas suas propostas para concelho e a analisar o trabalho do actual executivo socialista.

Entrevistador(a)/ Jornalista:

João Vargues
joaovargues@regiao-sul.pt

Entrevistado:
Maria Brites Nunes
Funcionária do Ministério da Saúde
Maria Brites Nunes, 59 anos, é natural de Portimão e reside em Lagos desde 1984. É funcionária administrativa do Ministério da Saúde; dirigente do Sindicato da Função Pública do Sul e Açores; e membro da Assembleia Municipal de Lagos, eleita nas listas da CDU. Entre outros dados biográficos destaca-se ter sido candidata à Câmara Municipal de Benavente em 1979. e ter integrado as candidaturas da CDU à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Faro em 1999, 2002 e 2005.


Questão:
De uma forma geral, que analise faz do trabalho do actual executivo à frente dos destinos de Lagos?
Resposta:
Uma primeira questão que gostaria de abordar é o conceito de democracia e as alterações que a maioria absoluta que governa a Câmara de Lagos, o Partido Socialista, introduziu no funcionamento do órgão Câmara Municipal. Para uma melhor compreensão, desafio os interessados a consultar as actas das reuniões de Câmara ou a estar presentes em algumas delas. Aí se constata que todas as decisões importantes foram expurgadas do órgão executivo do município e delegadas no Presidente ou vereadores da maioria. Também se introduziu um conceito sui generis, a existência de dois executivos, o executivo em permanência, por oposição ao executivo em minoria, como se o órgão não fosse colegial e todos não tivessem sido eleitos pelos lacobrigenses, uns com mais, outros como menos votos. E tudo isto empobrece e fragiliza o exercício da democracia. Também as opções tomadas em termos estratégicos me merecem discordância. Assistiu-se a uma invasão dos locais mais emblemáticos do nosso concelho pelo betão, continua a insistir-se no alargamento dos perímetros urbanos da cidade e das povoações e a deixar os núcleos primitivos ou mais antigos ao abandono, avançou-se para um conjunto de obras de grande vulto em simultâneo e, concomitantemente, tomaram-se compromissos em termos financeiros que vão hipotecar as próximas gerações.


Questão:
A oposição à direita em Lagos tem criticado aquilo que chama de “excesso de empresas municipais”. Qual é a sua opinião sobre o assunto?
Resposta:
Desde a primeira hora que a CDU se manifestou contra a criação das empresas municipais e na Assembleia Municipal, de que sou membro, votámos sempre nesse sentido. Considerávamos na altura (2006) que a criação destas empresas viria a originar a duplicação de serviços e um conjunto de lugares de administradores, sem o crivo do concurso público, assumindo decisões que fogem ao controlo fiscalizador dos órgãos do município. Acresce que à data, a Câmara tinha em curso uma reestruturação orgânica dos serviços e nada apontava para a necessidade da criação das empresas municipais, apenas a declaração de princípios, de que frontalmente discordamos, de que “o modelo de gestão exclusivamente público entrou em crise”. Afinal veio a verificar-se, com o tempo, que o modelo em crise era outro… As empresas municipais têm-se tornado num sorvedouro de dinheiro público, especialmente a Futurlagos, que optou por formar parcerias na criação de novas empresas para a construção dos equipamentos públicos, enredando-se numa engenharia financeira que leva a que as principais obras em curso, o novo edifício municipal e os dois parques de estacionamento, resultem num endividamento para o município para os próximos 25 anos de cerca de 100 milhões de euros. Continuamos, assim, cada vez mais apreensivos com esta situação numa altura em que as receitas do município estão a baixar drasticamente.


Questão:
Na apresentação da sua candidatura, defendeu a necessidade de ressuscitar a componente de ruralidade de Lagos, que diz que foi “posta de parte”. Concretamente, quais sãos as suas propostas neste sentido?
Resposta:
Hoje em dia, no Algarve, consomem-se figos oriundos da Turquia, amêndoas da Califórnia e laranjas da África do Sul e Israel, só a título de exemplo. Muitos laranjais do nosso concelho estão invadidos pelo mato e enterram-se toneladas de maravilhosas laranjas que não têm escoamento. Até a Adega de Lagos fechou portas. Mesmo os espíritos mais distraídos devem ser assaltados por alguma espécie de perplexidade perante estes factos que se estendem de uma maneira geral a todos os produtos que utilizamos na nossa alimentação. Claro que não advogamos o retorno à agricultura que até meados do século passado se fazia no nosso Concelho tal como na época medieval: era utilizada a força humana, a tracção animal e pouco mais. Hoje em dia há recursos tecnológicos variados e acima de tudo investigadores e técnicos reputados, com é o caso dos da Universidade do Algarve. Há a possibilidade de efectuar estudos antecipados dos solos, conhecimento profundo de pragas e infestantes, planeamento e estudos de mercado. Os citados frutos secos, os citrinos, a vinha, os produtos biológicos são áreas em que poderíamos apostar. Sabemos que são decisões que não se compadecem com vontades isoladas e que alterações tão profundas de paradigmas económicos terão que ser a nível nacional, mas surgem cada vez mais vozes e exemplos de empresários de sucesso que souberam aliar a produção agrícola ao respeito pela natureza e criaram nichos de mercado muito interessantes. Cabe às autarquias dar sinais nesse sentido, ajudando dentro das suas competências, criando pelouros específicos para esta área, dinamizando e apoiando feiras e mostras de produtos, semanas gastronómicas e igualmente investindo na certificação de produtos tradicionais, tal como já propusemos no caso do bolo D. Rodrigo. Não esquecer que tem sido o abandono do campo e da floresta que tem potenciado o flagelo dos incêndios e que igualmente em termos ambientais se vai construindo a consciência que o transporte incessante de produtos por todo o mundo aumenta o consumo de energia e contribui em larga medida para o aquecimento global do planeta.


Questão:
Que outras ideias do seu programa eleitoral destaca como prioritárias para o concelho?
Resposta:
O programa da candidatura da CDU à Câmara Municipal de Lagos, não está ainda feito. Numa candidatura com as características da nossa é a súmula dos contributos dos candidatos e vai beber essencialmente aos anseios das populações que connosco contactam. No entanto há linhas gerais já assentes tais como a definição estratégica de que, no desenvolvimento do nosso concelho, a actividade turística não pode ser encarada como o único vector económico destacando o desígnio marítimo de Lagos e a importância do mar interligado com as mais variadas actividades produtivas e sócio-culturais; um reforço do funcionamento democrático dos órgãos do poder local e um incentivo à participação dos munícipes na vida do seu Concelho; uma política cultural que volte a pôr Lagos nos primeiros lugares dos circuitos culturais do Algarve; uma aposta na reabilitação do Centro Histórico da cidade e também das povoações das freguesias e por fim uma preocupação ambiental que se reflicta em todas as opções a tomar e dê um sinal à população que estas são questões vitais.


Questão:
Também no discurso de candidatura disse que os políticos estão hoje no “«ground zero» da credibilidade”. Na sua opinião, o que levou a esta situação e como poderá ser ultrapassada?
Resposta:
O que levou à situação que hoje vivemos de descrédito e desconfiança em relação à política e aos políticos foram anos a fio de promessas não cumpridas, de políticas de direita, de aproveitamento dos cargos públicos para benefício próprio e a existência de uma clientela que, à vez, se perfila para benesses, mordomias e ocupação de lugares na administração. Prometendo o céu em suaves prestações eleitorais, muitos, assim que eleitos, rasgam os compromissos, esquecem os problemas das populações, de quem trabalha, dos mais desfavorecidos e agravam ainda mais a desilusão. Também a justiça não consegue travar um combate efectivo à corrupção e tornar-se célere e eficaz para acabar com a sensação de impunidade dos poderosos. Tudo isto tem vindo a provocar um afastamento da participação e da intervenção cívica e política a que não são alheios também os 48 anos de fascismo. Como já teorizou um grande filósofo português “o medo de existir” continua, insidiosamente, na nossa sociedade, a corroer, a tolher e a influenciar este alheamento que se constata por todo o lado. O combate a esta situação deve começar imediatamente e passar por todos. Nas escolas, com a aprendizagem da cidadania; na chamada à participação dos cidadãos nos destinos da sua freguesia, concelho ou país seja em referendos, debates ou orçamentos participativos; com a exigência da participação na definição da política europeia e na aprovação dos seus tratados; no papel pedagógico que devem os órgãos de comunicação social; com a penalização dos partidos e políticos que não cumprem e com a actuação de todos e cada um de nós, na família, no trabalho, na rua não nos eximindo a tomar nas mãos o destino pessoal e colectivo, não deixando que outros decidam o que a todos diz respeito. Não gostaria de terminar sem saudar os que, levando à letra a causa da intervenção pública e política como a actividade mais nobre numa sociedade, têm marcado a diferença.

quarta-feira, junho 03, 2009

Rafeiro Perfumado lança "Are you ladrating to me?"


Pois é já no dia 13, às 16 horas, que o Rafeirito vem a Faro, à Bertrand do Forum Algarve, lançar a sua nova obra de arte "Are you ladrating to me?".
Prepara-te Raf, que aí vão as admiradoras algarvias.
Espero bem que leves a tua jove ou meia dúzia de guarda costas, vulgo, cães de fila, não vá o diabo tecê-las!!

terça-feira, junho 02, 2009

Encerramento do 7º SENAED na Academia Portucalis
























A conferência/congresso de encerramento do 7º SENAED foi dada pela Cleo Bekkers, na Academia Portucalis, ilha onde moro na SL. A Cleo, cujo nome na vida real é Teresa Bettencourt, é professora de Didáctica e Tecnologia Educacional na Universidade de Aveiro, e tem sido incansável na ponte educacional que tem feito entre estes dois mundos, o real e o virtual, mostrando a todos que a aprendizagem é possível em ambos.
Tal como descrito na página do 7º SENAED, o objectivo deste evento é demonstrar, na prática, que ferramentas como redes sociais, blogs, wikis, podcasts, vídeos, videoconferências, rádio, televisão, games e mundos virtuais podem ser adequadamente utilizadas na educação à distância e nele foram intervenientes professores universitários do Brasil e de Portugal, bem como os respectivos alunos e demais residentes do mundo virtual SL.

Do acontecimento ficaram as fotos que eu própria tirei e o vídeo que segue.













sábado, maio 30, 2009

Palomar West Hospital

O Palomar West Hospital (PWH) é uma simulação virtual de um hospital que será inaugurado pela Palomar Pomerado Health (PPH), em 2011. A Cisco Systems, que tem como base os planos para o futuro edifício físico Cisco, também exibe tecnologias que serão usadas dentro do futuro (real) hospital.


A partir do momento em que entramos nas instalações do Palomar, é automaticamente iniciada uma simulação interactiva.
Somos recebidos por uma funcionária que, através de um ecran na recepção, nos indica que é necessário colocar uma pulseira de identificação do hospital, equipada com uma etiqueta de identificação electrónica, que de imediato no faz uma primeira triagem e nos indica que devemos prosseguir para um elevador que nos leva directamente ao nosso quarto (quarto do paciente). Deste ponto em diante, o nosso avatar é levado a receber uma extensa simulação e explicação das funcionalidades do quarto, bem como dos exames complementares de diagnóstico, procedimentos cirúrgicos robóticos e finalmente da recuperação. Orlando Portale, o Chief Innovation Officer do PPH, afirmou que o principal objectivo da criação de
PWH no Second Life foi, não só de conhecer o projecto do novo hospital, como também de tomar conhecimento da forma como os doentes vão ser acolhidos, dos circuitos, dos tratamentos, das funcionalidades e da recuperação.


quinta-feira, maio 21, 2009

MARIA BRITES NUNES


A pergunta fundamental, num blogue como o meu, será:
- Quem é Maria Brites Nunes?
A resposta mais natural e lógica que posso dar:
- É a minha querida cunhada, a minha melhor amiga.

A seguir:
Nasceu em Portimão a 18 de Abril de 1951, reside em Lagos, com carácter permanente desde 1984. É funcionária administrativa do Ministério da Saúde, dirigente do Sindicato da Função Pública do Sul e Açores e deputada na Assembleia Municipal de Lagos desde 2005, eleita nas listas da CDU.
Com José Alcobia e João Carlos Brandão é co-autora do livro O problema Colonial” da editora Assírio &Alvim, publicado em Junho de 1974.
Foi candidata à Câmara Municipal de Benavente nas Eleições Autárquicas de Dezembro de 1979.
Sócia fundadora da Associação de pais e Encarregados de Educação da escola Preparatória de Lagos, criada em Maio de 1989. Tesoureira da 1ª Direcção da mesma Associação no ano lectivo 1989/90. Foi eleita para os órgãos sociais da Associação de Pais e Encarregados de educação da Escola secundária Júlio Dantas nos anos lectivos de 1990/91, 1991/92 e 1992/93.
Eleita Primeira Secretária da Mesa da Assembleia de Freguesia de S. Sebastião de Lagos, de Janeiro de 1994 a Dezembro de 1997.
Membro da Assembleia de freguesia de Santa Maria do Concelho de Lagos, de Janeiro de 1998 a Dezembro de 2001.
Integra as Candidaturas da CDU à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de faro nas Eleições Legislativas de Outubro de 1999, Março de 2002 e Fevereiro de 2005.
Integra a lista da CDU candidata à Câmara Municipal de Lagos nas Eleições Autárquicas de Dezembro de 2001.
Integra o Conselho Municipal de Segurança do Município de Lagos de Janeiro de 2000 a Outubro de 2005.

Embora fora de tempo, quero deixar aqui, com todo o orgulho, uma intervenção feita pela minha cunhada, Maria Brites Nunes, pessoa que muito admiro por todas as suas qualidades, nomeadamente e sempre em primeiro lugar, as humanas, que a diferencia da maioria dos políticos que conheço.

Por essa e todas as demais razões, é nela que vou votar, nas próximas eleições autárquicas, para Presidente da Câmara Municipal de Lagos.



INTERVENÇÃO DA CDU NA SESSÃO SOLENE
COMEMORATIVA DO 35º ANIVERSÁRIO DO 25 DE ABRIL
PROFERIDA PELA DEPUTADA MUNICIPAL MARIA BRITES NUNES


Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia Municipal
Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal
Demais Autarcas
Ex.mo representante da Associação 25 de Abril, Senhor Coronel Glória Dias
Eleitos da Assembleia da Juventude
Minhas senhoras e meus senhores

O 25 de Abril completa hoje 35 anos. É um adulto ainda jovem e pujante e ter chegado a esta idade enche-nos de alegria.
Se do ponto de vista da História 35 anos constituem um tempo curto, para nós, para todos os que lutaram por Abril, para todos os que o construíram, para todos os que ao longo destes anos defendem palmo a palmo as suas conquistas, estes são longos anos que constituem um denso, rico e inesquecível património construído no dia a dia de sonhos, de luta, de acção criadora e transformadora, de resistência.
No entanto as altas expectativas que tivemos há 35 anos estão defraudadas. Do país mais igualitário, mais solidário, mais participativo por que lutávamos chegámos ao desalento e desilusão de hoje.
Temos hoje, é verdade, mais e melhor saúde, educação, temos mais acesso à habitação, mas vivemos no quadro de um brutal agravamento das condições de vida da população e de contínua degradação da situação económica.
Esta situação é o resultado dos ataques sistemáticos às conquistas e realizações da Revolução de Abril, às tentativas de desmantelamento das funções sociais do Estado, ao empobrecimento da democracia e a crescentes desigualdades na distribuição do rendimento nacional.
Bem pode agora vir o Partido Socialista deitar as culpas para cima da crise internacional. A verdade é que a crise do capitalismo apenas veio evidenciar a fragilidade económica e a degradação social provocada por anos a fio de alternância entre PS e PSD, com ou sem CDS, sempre no mesmo rumo de injustiça e declínio nacional.
É necessária uma ruptura e inversão real das políticas económicas, assente na propriedade social dos sectores básicos e estratégicos, na valorização do trabalho e dos trabalhadores, com a melhoria dos salários e das condições de vida como factor essencial de dinamização da economia.

ASSIM,
Comemorar Abril é dar vida e sentido aos valores e conquistas da Revolução é abrir um caminho de esperança num país mais justo, moderno e soberano.

Comemorar Abril é um momento e uma oportunidade de dizer não à política de direita e condenar a acção do actual governo.

E é também um momento para exigir uma mudança que coloque no centro da intervenção política
- a elevação das condições de vida
- o emprego com direitos
- o aumento dos salários e pensões
- o reforço das prestações sociais e dos serviços públicos
- a defesa da produção e soberania nacionais
- um outro papel do estado na economia, nomeadamente nos sectores estratégicos, colocando-os ao serviço do povo e do país.

Estes são os caminhos que urge abrir com a força e a luta dos trabalhadores e do povo, para com Abril de novo retomarmos a esperança de um Portugal de progresso e de futuro.
Nunca como hoje foi tão importante e decisivo, como dizia o poeta, fazer florir ABRIL de NOVO!

A terminar, não pudemos deixar de referir hoje a surpresa com que constatámos que pela primeira vez em 35 anos a noite de 24 Abril não foi de encontro para centenas de lacobrigenses que se habituaram a cantar a Grândola em coro na entrada do dia que nos devolveu a dignidade … a liberdade … a vida.
A crise não pode, não deve impedir essa comemoração, que podendo ser mais modesta seria a nossa festa.
Porque o 25 de Abril chegou em chaimites velhas e auto metralhadoras amolgadas, na mão trazia um modesto cravo e mesmo assim não deixou de ser o “ primeiro dia do resto das nossas vidas”.

Viva o 25 de Abril!!!!



quarta-feira, abril 29, 2009

Always on my mind

Maybe I didn't treat you
Quite as good as I should have
Maybe I didn't love you
Quite as often as I could have
Little things I should have said and done
I just never took the time

You were always on my mind
You were always on my mind

Tell me,
tell me that your sweet love hasn't died
Give me,
give me one more chance to keep you satisfied,
satisfied

Maybe I didn't hold you
All those lonely, lonely times
And I guess I never told you
I'm so happy that you are mine
If I make you feel second best
Girl, I'm sorry I was blind

You were always on my mind
You were always on my mind

Tell me,
tell me that your sweet love hasn't died
Give me,
give me one more chance to keep you satisfied,
satisfied

Little things I should have said and done
I just never took the time

You were always on my mind
You are always on my mind
You are always on my mind


quarta-feira, abril 08, 2009

JJ Design - Loja de Portucalis


A June Jurack já tem uma lojita de decoração em Portucalis, que fica numa zona comercial, em frente da Galeria de Arte e da Livraria CityLights. Brevemente e a partir da loja, vai ser criado um teleporte de acesso a uma skybox de venda de mobílias e casas.
Cliquem na foto e venham visitar-me.


Vão divertir-se, com toda a certeza!!!

domingo, março 15, 2009

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

domingo, fevereiro 01, 2009

Afinal, a poesia é mulher!...

Hoje apeteceu-me poesia! ... talvez do tempo que está lá fora, talvez do aconchego que está cá dentro. Lembrei-me do Zézé e apeteceu-me postar alguma das (muitas) coisas que ele escreve.

Uma falha muito grave da minha parte, já não ter feito no meu blog uma menção ao trabalho de escritor e poeta deste meu amigo.
...mas nunca é tarde. Um beijinho para ti.

Afinal, a poesia é mulher!...
O momento é de palavras que giram à volta de palavras, que aproveitam o conhecimento dos signos para colocar questões sem resposta tangível – Afinal, o que é isso da poesia? –, e os discursos giram à volta de si mesmos, agarrados à berma da existência para não correrem o risco de serem centrifugados pela realidade. Entretanto, nadando contra o maremoto dos olhares, saltando, fila após fila, as cadeiras onde se sentam as sombras, desenha-se o olhar atento que vem do fundo, emergente dos aromas cor de rosa do seu sorriso, como se fossem sinais de fumo anunciando que a poesia é mulher. No parque demarcado por ciprestes vermelhos e luzes estrelares, o olhar levita e entra pelo discurso adentro, modificando a rotina das sílabas com que se escrevem as paixões – era a aparição da caligrafia da alma, sorrindo serenamente no canto da sala dos sons distantes dessa alquimia secreta com que se criam os poemas que nos segredam as alegrias dos prazeres consentidos – os abraços que se haverão de dar na eternidade.Poderia chamar-se Maria, Raquel, Madalena, Teresa, Safo, Marisa, Inês, ou simplesmente mulher, mas era concerteza a presença da tal musa das tranças pretas, sob o manto diáfano da poesia...

José Braga-Amaral nasceu em 1959, no Porto, embora tenha vivido a maior parte da sua vida no Alto Douro, cujo sortilégio adoptou na maior parte da sua obra literária. Jornalista desde a década de 80, passou pela RDP-Alto Douro e pelos jornais "O Comércio do Porto" e "Correio do Minho". Foi professor do Ensino Secundário e Técnico de Formação Profissional.Actualmente, é redactor da revista "Tribuna Douro" e colabora nos serviços educativos do Museu do Douro. Tem mais de uma dezena de obras publicadas. obras Publicadas na Campo das Letras


Humm!!! Bom tema para o City Lights...

sábado, janeiro 17, 2009

Salvador Dali



Fez ontem 20 anos que morreu Salvador Dali, o pintor catalão, surrealista, que sempre me chamou a atenção pelas suas imagens estranhas e bizarras.

Deixo aqui a que é, para mim, a melhor das suas frases:

'Só há uma diferença entre o louco e eu. O louco pensa que não é louco. Eu sei que sou.'

"Gaia" (sua mulher) por Salvador Dali

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Reforma aos 65 anos, já era!


Decidi que não vou trabalhar até aos 65 anos. Não me estou a ver sentada a uma secretária, ou a correr de um lado para o outro, diria antes, a arrastar-me de um lado para o outro, cheia de artroses, lordoses e cifoses, como faço hoje em dia; a trabalhar que nem uma maluca 10 horas por dia, quando não é mais, a ganhar por 8 de trabalho diário (o honrado patrão é um pobretanas qualquer), a encherem-me de responsabilidades e tarefas novas todos os dias, as quais, me vejo à brecha para as conseguir cumprir _que a menina já não é nova e já traz 30 anos de trabalho às costas; a não ter tempo sequer para ir ao cabeleireiro, porque uma menina tem que tentar manter-se bonita ainda que as rugas já se pareçam mais com o Gran Canyon do que com um qualquer afluente do Tejo (que aparecem no mapa em linhas finiiiiiiiinhas que quase não se notam); porque o tempo também falta para frequentar o ginásio, daí o agravamento da artrose, cifose e lordose, das varizes, das pernas pesadas e dos joelhos tortos; a comer qualquer coisa, em vez de um jantar capaz, porque a horas tardias já não apetece confeccionar alguma coisa nutritiva e saudável, daquelas que fazem bem à pele, com montes de ómega 3, colesterol bom e antioxidantes que nos rejuvenescem e nos dão a energia necessária a um serão bem passado. Resumindo e como eu já desconfiava, o trabalho afinal não dá saúde nenhuma, só me tem prejudicado. Começando pela manhã, ao acordar e pensando nele, desato aos vómitos convulsivos que só me passam quando o meu cara-metade, com compaixão, me dá umas palmadinhas nas costas dizendo que só faltam dois dias para o fim-de-semana; depois, ao longo do dia, o stress acumulado vai-me cansando a máquina que trabalha cá dentro, que ora começa a bater descompassadamente, ora quer parar, já não sabendo, qual condutor de província na rotunda do Marquês, se pare, se arranque ou se feche os olhos e que seja o que Deus quiser; depois o fim do dia, quando quase me dá um ataque depois de ter posto a mala ao ombro para ir embora e o telefone ainda tocar, o tipo que vem perguntar se ainda é muito tarde para levar o cheque, o outro que sistemática e diariamente pára à minha frente e calmamente pergunta, como se eu tivesse que saber a resposta: « o que é que eu ia a dizer?...»
Hoje, assim que saí do trabalho, entrei no carro, puxei dum cigarro, acalmei o cavalo desalmado que tinha dentro do peito e disse de mim para mim:
- Menina, tem mas é juízo! Não vais ficar nesta bosta desta vida até aos 65 anos!
Decidi! Está decidido! Não fico mesmo!
Ponham os gajos que inventaram a reforma até aos 65, não interessando quantos anos de trabalho tem cada um, a trabalhar.
Ah! Mas não lhes dêem ordenados chorudos. Façam-nos trabalhar 50 horas por semana a um salário mediano, que eu não sou vingativa, mas façam-nos atender 200 chamadas por dia, dêem-lhes trabalhos daqueles que ainda tem que levar para casa, como eu levo, senão ficam em risco de ser despedidos e substituídos por um qualquer recém-formado que aceita trabalhar por metade do ordenado (benza-os Deus, que bem precisam), que os façam levantar da secretária 500 vezes por dia sempre que estejam concentrados no PC a elaborar o orçamento ou o business plan da empresa e ainda que, quando estejam para sair, lhes barrem o caminho a pedir mais qualquer coisita que durante o dia se esqueceram.
Ah, não esquecer também o tal que, diariamente, pergunta: « o que é que eu ia a dizer?...»